Criptomoedas: há diversas moedas digitais em circulação no mercado. Vamos entender como funcionam o bitcoin e blockchain, para que servem e como investir.
Quem acompanha o mercado, mesmo que de longe, certamente já foi surpreendido pelos altos e baixos de moedas digitais no noticiário. As mais famosas são o Bitcoin e Blockchain, mas muitas outras também já têm relevância – e também a simpatia dos investidores. Mas afinal, o que são? Como funcionam esses ativos e como negociá-los?
Preparamos este artigo pensando em quem quer dar os primeiros passos no mundo das moedas digitais e precisa saber por onde começar. É uma classe de ativos nova no mercado e, justamente por isso, desperta muitas dúvidas em quem ainda está aprendendo. Se esse é o seu caso, convidamos você a acompanhar os próximos parágrafos sobre criptomoedas!
Criptomoedas: O que é bitcoin?
Bitcoin é uma moeda digital descentralizada e que não necessita de terceiros para funcionar. Isso significa que você não depende de bancos, grandes corporações ou governos para movimentar o seu dinheiro. Com o Bitcoin, o dinheiro é realmente seu. O Bitcoin foi a primeira criptomoeda do mundo e há oito anos funciona sem qualquer interrupção, baseada em uma rede descentralizada extremamente segura chamada Blockchain criada por Satoshi Nakamoto.
Quais são as vantagens do Bitcoin?
O Bitcoin tem diversas propriedades e formas de uso, mas vamos abordar uma bem específica: bitcoin como moeda. Mas quais as vantagens do bitcoin como moeda? São muitas! Vamos ressaltar as principais: liberdade de pagamento, taxas menores, segurança, privacidade, controle e transparência.
Nenhum Bitcoin pode ser confiscado, você pode mandá-lo para quem quiser pagando taxas menores. Além disso, ele é seguro e dá mais privacidade, controle e transparência nas negociações. Contudo, o Bitcoin pode ser utilizado também como investimento para quem está procurando diversificar seu patrimônio para ter melhores ganhos. O Bitcoin trouxe excelentes retornos e a tendência é que ele se torne mais popular a longo prazo.
Como comprar e vender bitcoins
Atualmente existem três maneiras de adquirir bitcoins de maneira eficiente: através da mineração, comprando em exchanges ou comprando diretamente com outras pessoas.
Minerar
É possível adquirir Bitcoins através da mineração. Você vai precisar comprar um computador específico para isso e ceder seu poder computacional para a rede, confirmando transações. Para isso, você será recompensado com bitcoins a cada bloco minerado. Atualmente não é viável minerar no Brasil, porque o custo de eletricidade é muito alto.
Foxbit
Dá para adquirir bitcoins através de Exchanges como a Foxbit. As exchanges são sites que reúnem compradores e vendedores em um ambiente seguro, onde as trocas ocorrem de forma anônima e rápida.
P2P
Também é possível comprar Bitcoins diretamente com outras pessoas, sem precisar passar por uma exchange. O problema é que você vai precisar encontrar alguém de confiança e que conheça bitcoin, porque golpes nesse tipo de transação são comuns.
Criptomoedas: Bitcoin é seguro?
Uma dúvida muito comum é sobre a segurança do Bitcoin. É seguro ter bitcoin? A resposta é simples e foi dada no vídeo acima por experts no assunto, o bitcoin é mais seguro do que o dinheiro que você tem hoje no seu banco. Conhecendo o bitcoin você vai saber o nível de segurança proporcionado por ele, é muito superior aos dos bancos tradicionais. No Bitcoin não há um único ponto de falha, para algum ator malicioso conseguir atacar a rede seria necessário invadir milhões de computadores em todo mundo, tarefa impossível. Enquanto nos sistemas bancários tradicionais há apenas alguns servidores centrais e todas as transações ficam escondidas do público.
Criptomoedas: O que é o blockchain?
A tecnologia Blockchain nada mais é do que um livro de razão pública (ou livro contábil) que faz o registro de uma transação de moeda virtual (a mais popular delas é o Bitcoin), de forma que esse registro seja confiável e imutável.
Ou seja, a blockchain registra informações como: a quantia de bitcoins (ou outras moedas) transacionadas, quem enviou, quem recebeu, quando essa transação foi feita e em qual lugar do livro ela está registrada. Isso mostra que a transparência é um dos principais atributos da blockchain.
Como os dados são armazenados?
Ela armazena as informações de um grupo de transações em blocos, marcando cada bloco com um registro de tempo e data. A cada período de tempo (10 minutos no blockchain), é formado um novo bloco de transações, que se liga ao bloco anterior.
Como é formada a rede?
Os blocos são dependentes um dos outros e formam uma cadeia de blocos (por isso o nome: Blockchain). Isso torna a tecnologia perfeita para registro de informações que necessitam de confiança, como no caso de uma transação de bitcoin e outras criptos.
A rede do blockchain é formada por mineradores que verificam e registram as transações no bloco.
Para que isso seja possível, os mineradores emprestam poder computacional para a rede. Como incentivo para continuarem colaborando e tornar a rede sustentável e mais segura , eles recebem uma recompensa em moedas digitais.
Como a transação é validada?
O minerador só pode adicionar uma transação no bloco se uma maioria simples (50%+1) da rede concordar que aquela transação é legítima e correta. O nome disso é o consenso da rede blockchain. No caso do Bitcoin, o consenso é medido através do poder computacional.
Duas cadeias de blocos podem ser formadas ao mesmo tempo, o impasse será resolvido quando a rede precisar escolher uma das cadeias. No final, ganha a cadeia que tiver a maior quantidade de trabalho.
Resumindo, a tecnologia blockchain é um livro contábil público e distribuído que registra todas as transações de moeda virtual em uma cadeia de blocos, em que qualquer um pode participar. As informações registradas nele são confiáveis, imutáveis e transparentes desde que a maioria da rede se mantenha honesta.
Criptomoedas: Blockchain é seguro?
Se você se preocupa em saber se a tecnologia da blockchain é realmente segura, saiba que esta é uma tendência natural. Afinal, um sistema falho pode abrir brechas para ataque de hackers e, consequentemente, trazer muita dor de cabeça.
Para falar de segurança em relação a esse tema, precisamos relembrar o que falamos agora pouco. Cada uma das transações realizadas possui um código único, isto é, uma assinatura digital. Esse código é verificado pelos próprios usuários e a transação precisa ser aprovada para, então, ser incorporada à blockchain por meio de um bloco.
A vigilância e a verificação de todas essas informações são feitas pelos próprios usuários logados à rede, os chamados mineradores. Essa verificação é uma etapa extremamente importante para evitar fraudes.
Outro fator que colabora para a segurança desse processo são as hashs. Cada bloco tem uma hash própria, uma assinatura criptográfica específica.
Como você já sabe, além de carregar sua própria assinatura, o bloco também tem gravado a hash do bloco anterior. É isso que deixa o trabalho dos hackers bem mais complicado.
Afinal, para acessar as informações contidas em um bloco, será preciso decifrar a criptografia da hash dele e também do bloco anterior. Como tudo está ligado como uma corrente, esse processo teria que ser feito sucessivamente e praticamente não teria fim.
Além disso, para fraudar a blockchain seria preciso alterar os dados registrados em cada um dos diversos computadores ligados à rede. Essa fraude exigiria que o computador do hacker tivesse uma capacidade de processamento maior do que o total de todos os computadores existentes hoje. Algo impraticável atualmente, concorda?
A segurança que o sistema blockchain oferece é tão relevante que empresas e até instituições governamentais estão demonstrando interesse em utilizar a tecnologia. Isso porque, a ideia permite não apenas proteger dados, mas também compartilhá-los com quem quiser sem abrir mão do controle sobre aquela informação.
Blockchain: possibilidades além dos Bitcoins
A blockchain hoje em dia está diretamente ligada aos Bitcoins, desde que a moeda foi criada há quase uma década. Apesar do forte vínculo, não significa que tudo vá continuar assim para sempre.
Muitos entusiastas acreditam que essa tecnologia pode ser a peça-chave para uma nova forma de armazenar e acessar informações. Quando pensamos nessa nova proposta de compartilhamento e validação de informações, as possibilidades podem ser inúmeras.
Não é à toa que, entre aqueles que estudam novas tecnologias, a blockchain já virou até capa de livro. A visão é que a criação de redes de informação descentralizadas pode transformar por completo a forma com que negócios serão feitos daqui para frente.
Se hoje consideramos a internet a forma mais eficiente de compartilhar informação com pessoas do mundo todo em questão de segundos, a blockchain pode oferecer uma nova proposta.
No sistema financeiro, por exemplo, já estamos vendo a blockchain mudando o panorama. A expectativa é que essa tecnologia ajude a simplificar os sistemas operacionais e mantenha um ambiente mais seguro, livre de fraudes.
E não necessariamente precisamos nos ater às transações que envolvem dinheiro e ativos financeiros. Acredita-se ser possível utilizar esse novo sistema para arquivar e compartilhar outras coisas, como música, arte, votos e documentos, por exemplo.
Além da praticidade e segurança, a tecnologia do momento oferece outra vantagem: dispensar intermediários. Num futuro próximo, há chances de podermos compartilhar dados ou fazer uma compra diretamente de pessoas do mundo todo, sem ter que pagar tarifas para empresas, lojas ou bancos.
Com isso, abre-se um leque de possibilidades onde a blockchain pode ser usada. Por exemplo:
-Créditos de carbono
-Prontuários médicos
-Históricos escolares
-Diplomas
-Documentos de identificação, como passaporte
-Registros de automóveis
-Registros de imóveis
Os entusiastas acreditam que utilizando essa tecnologia será possível catalogar, rastrear, certificar e autenticar informações e objetos de valor de uma forma totalmente nova. E melhor: sem ficar à mercê de taxas e burocracia.
Com a vantagem de oferecer segurança e de ser acessível a qualquer usuário, uma vez que tudo ficará registrado em um grande banco de dados compartilhado com usuários do mundo todo.
Apesar da grande expectativa em volta da blockchain, ainda não é certeza que ela será mesmo incorporada ao nosso dia a dia. Mas é sempre bom ficar de olho nas mudanças que podem ocorrer em breve.
Criptomoedas: Diferença entre bitcoin e blockchain
De forma resumida para não haver mais dúvidas:
O bitcoin é uma das centenas de criptomoedas existentes. Ele ganhou enorme notoriedade devido à sua grande valorização em 2018. Já o blockchain é a estrutura necessária para o armazenamento das transações realizadas com criptomoedas. Isso significa que qualquer criptomoeda requer a blockchain para operar. Apesar disso, a blockchain não está restrita às operações com moedas virtuais.
Essa tecnologia já é considerada o principal legado das criptomoedas, pois ela permitiu integrar e validar milhares de informações armazenadas em bancos de dados distribuídos pelo mundo.
Existem diversos projetos que utilizam essa tecnologia, como pesquisas médicas, gerenciamento de logística para exportação de grãos, remuneração de artistas em serviços de streaming de músicas, entre outros. A modalidade de pagamento instantâneo, que em breve entrará em operação no Brasil, requer uma rede baseada em blockchain, mas completamente independente das criptomoedas.