Morar em outro país nunca foi algo tão pensado e possível como nos tempos de hoje. Se você é estudante e já pensou nessa possibilidade, saiba que outros tantos como você pensam a mesma coisa ou já estão com as malas prontas. Por isso é importante que acompanhe esse guia prático para morar fora do país. Afinal, os motivos não são poucos. Além do mercado estrangeiro ser aberto a participação de pessoas de outros países, as coisas aqui no Brasil não andam tão bem. Então, se é estímulo que você quer, esses dois exemplos podem lhe mostrar que existem muitas possibilidades a serem exploradas.
E muitas delas são realmente atraentes. Nesse guia prático para estudar fora do país você irá conhecer os passos que o levarão para qualquer país onde pretenda estudar. Você terá, ainda, uma boa noção do que mais é exigido aos estudantes em diferentes países e quais as etapas para o ingresso nas instituições. Provavelmente você que está aqui pretende cursar o ensino superior, certo? Se não a graduação, pós-graduação, especializações, mestrado ou doutorado. Enfim, aqui você perceberá que há alguma opção que se encaixa, direitinho, nos seus planos.
Mãos à obra!
Por isso prepare papel e caneta, e anote tudo que vier à sua mente. Claro, leve em consideração os planos que podem lhe ajudar a tornar possível a mudança para outro país. Mais tarde – em alguns tópicos desse post – você entenderá que, mesmo quando a programação para morar no exterior está ainda no começo, ou quando ela ainda não existe, é possível fazer planos e começar a vê-los se tornando realidade. Juntar dinheiro, começar a estudar outros idiomas e conhecer características dos países que mais o atraem são algumas das dicas que você vai conhecer a fundo aqui. Essas são práticas que, além de diminuir a distância entre você e determinado país, têm o potencial de deixa-lo empolgado e vislumbrando a realização dos sonhos.
Planos alcançáveis?
Tenha em mente que mudar de país não é como mudar de rua na sua cidade. Se isto já exige muito planejamento, imagina se mudar para uma realidade que, por mais parecida que seja com o país de origem, é uma terra nova. Por isso, papel e caneta na mão, sempre! Antes de conhecer os passos para conquistar uma vaga em alguma instituição fora do país, é preciso fazer um bom e real planejamento. E o comece se questionando a respeito dos seus planos: o que você espera do país onde pretende morar? Porque está deixando seu país? Os motivos que o levam embora do país de origem podem ser supridos nos lugares que mais lhe atraem?
Ter clareza nessas questões vai diminuir, pelo menos, o risco de você colocar os pés no novo país e já começar com frustrações. Essa primeira experiência fará toda a diferença. Por isso é importante preparar-se para ela. E é ainda preciso lembrar que nem tudo são flores, mesmo nos países desenvolvidos. Algum problema você há de encontrar. Por isso tente se informar a respeito de toda a realidade que pode lhe acompanhar no país ‘’ dos sonhos’’. As dicas que você vai ver a partir de agora irão lhe ajudar a bem escolher um país e a saber como chegar e se virar bem por lá.
Primeiro passo: para onde ir?
Antes de qualquer coisa é preciso ter em mente uma série de questionamentos que influenciarão muito na sua tomada de decisão. Pense em questões do tipo: você está indo sozinho? Com quem irá morar? Será preciso trabalhar? Você tem alguma reserva financeira? Tem fluência ou bom conhecimento de alguma língua estrangeira? Quanto tempo pretende passar no outro país: tempo determinado ou indeterminado? Você já tem graduação no Brasil e apenas deseja fazer o reconhecimento do seu diploma? Ou pretende iniciar uma graduação? Quer fazer algum curso pós-graduação?
Pense bem nessas questões e tente encontrar respostas para o máximo possível delas. Seja rigoroso e sincero.
Escolha o país
Sabendo, a partir dessas respostas, quais seus planos, é hora de pensar para onde ir. Uma boa forma de fazer isso é pesquisar em todos os canais de comunicação que vierem à sua mente. Visite o Google e YouTube e pesquise a partir de critérios do seu perfil. Alguns deles devem ser: sua profissão ou áreas afins, locais que oferecem custo de vida equiparado ao que você pode arcar, onde se fala um idioma que você domina ou conhece, por exemplo.
Lembre-se de analisar se os países que mais lhe atraem podem oferecer o mínimo desses critérios. E leve em consideração não apenas esses fatores, mas também o clima, culinária e cultura. Com base nessas análises, visite o ponto anterior e verifique se seus planos se encaixam e podem fluir bem no cenário de cada país pesquisado. É importante lembrar do idioma e do custo de vida. Sem saber uma segunda como inglês ou a língua falada no país será um desafio ainda maior. Por isso, seja rigoroso e reflita bem se você conseguirá estudar e conhecer um mundo de coisas a partir de outro idioma. E veja a questão do custo de vida. Se é preciso trabalhar, onde morar, quanto se paga por moradia…
Escolhido o país, ou tendo em mente já poucas opções, escolha a instituição
Se você já tem mente o país para onde pretende ir, ou se a lista de prováveis países já não é tão longa, é hora de partir para outro elemento tão importante quanto: a escolha da instituição.
É aqui, na verdade, onde você vai saber o nível de dificuldade e possibilidade de ir morar em determinado país. Com base no curso e nível de ensino que procura, analise as instituições e a política de ingresso. Aqui existem algumas opções. Veja se você se encaixa em alguma delas.
Ingresso pelo ENEM
Não são poucas as instituições, espalhadas por todo o mundo, que têm parceria com o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). Este órgão, que rege o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), favorece a participação de estudantes brasileiros em mais de 500 instituições na Europa, Estados Unidos e outros continentes e países. Confira aqui quais são esses países e como conquistar vagas nas suas instituições.
Intercâmbio
Essa é uma outra forma de ir estudar no exterior. E é ainda menos difícil, levando em conta que você é um bom aluno. Os programas de intercâmbio são oferecidos em muitas universidades. Assim como o INEP, essas instituições, públicas ou privadas, possuem parcerias com instituições estrangeiras. O objetivo disso é, justamente, facilitar a vida de quem pretende ganhar experiência estudando ou trabalhando fora, sem perder o vínculo com a instituição de origem. É um ganho para a instituição e para o aluno. E você pode ser contemplado nesse programa.
O principal critério de análise é o seu histórico escolar. Por isso esse programa pode ser exigente ou não, a depender do seu desempenho e esforço na academia. Procure o setor de intercâmbio e se informe a respeito da periodicidade com que são escolhidos os alunos, quais as instituições que possuem parceria com a que você é/foi aluno, a duração do intercâmbio e os critérios para inscrição no programa.
Reconhecimento de diploma em diante
Outra opção para o ingresso em instituições no exterior é se você já tem graduação no Brasil e pretende reconhecer seu diploma no outro país. Isso pode ser obrigatório para que você consiga dar continuidade ao processo de conquista de novos níveis de escolaridade.
Procure as instituições que oferecem seu curso e se informe: seu curso exige reconhecimento do diploma, para inscrição em níveis pós-graduação? Qual o processo para o reconhecimento? Quais os critérios para admissão em especializações, mestrados e doutorados? Quais as exigências em relação a línguas estrangeiras? Quantas? São exigidos trabalhos científicos publicados? Quais outros documentos são obrigatórios? Quais os prazos?
Escolhida a instituição, prepare a documentação
Se você tiver chegado até aqui com a maioria desses questionamentos respondidos, já deve ter muita clareza a respeito do país onde morar. E, inclusive, quais instituições mais de encaixam no seu perfil. Se realmente já chegou até aqui, sabendo dos processos exigidos para ingresso em instituições, agora você vai saber quais os documentos obrigatórios para o ingresso no país.
Para a entrada no país
A primeira coisa que você deve providenciar é o passaporte. Sua emissão é pela Polícia Federal. Você deve fazer um cadastro, pagar uma taxa e comparecer duas vezes a um posto desse órgão.
Para permanecer no país
Cada país possui um regulamento e critérios próprios para limitar o tempo de permanência no país. Geralmente esse tempo é de 3 meses, mas pode variar para um tempo maior ou menor. Clicando aqui você vai conhecer mais sobre o ESTA (Electronic System for Travel Authorization ou Sistema Eletrônico para Autorização de Viagem). Este documento serve para garantir a permanência, por determinado período de tempo, nos Estados Unidos. E aqui você tem acesso a outra lista de documentos e exigências, para outros países.
Vale lembrar que esses documentos e demais exigências são feitas, principalmente, quando você o turista não tem vínculo algum com qualquer instituição no país. Se você viajar do Brasil para o país escolhido com algum contrato de estudo, ou trabalho, a burocracia é menor. O processo será mais simples, ainda que também hajam muitos documentos.
Alguns lembretes que não devem ser opcionais
Aprenda ou aperfeiçoe um segundo idioma
Esse elemento fará toda a diferença. E é importante ainda lembrar que é a partir daqui que você vai aprender não apenas a pedir uma comida no restaurante mas também a se comunicar com as pessoas, saudá-las etc. Por isso aproveite todo o período de preparação para essa mudança na sua vida – de preferência, comece antes, se puder – a estudar línguas estrangeiras. O inglês é muito importante, mas valorize sobretudo a língua mãe do pais para onde você vai.
Muitas instituições estudantis e empresas somente recebem novos alunos ou funcionários quando estes têm boa compreensão da língua falada no país e, em alguns casos, de uma segunda opção. Por isso comece logo, o quanto antes.
Planejamento financeiro
Calcule o valor, em média, que essa mudança irá gerar na sua vida. Aliás, esses fatores farão toda diferença: a instituição é privada ou pública? Você irá trabalhar? Conseguiu alguma bolsa? Qual a moeda utiliza no país? Qual a taxa de câmbio? (Aproveite para entender mais sobre o que é e quais são as taxas).
É bom que você tenha, quando estiver de malas prontas, alguma reserva financeira. Além disso, é obrigatório que consigo você leve algum montante na moeda do país para onde está indo. Algumas vezes (não sempre, mas isso acontece) ainda no aeroporto do seu país, é feita a conferência do valor que está sendo levado. Essa é uma garantia, para as autoridades do país estrangeiro, que você não está indo sem condição de se manter por um mínimo de tempo. Por isso acompanhe as alterações da moeda e vá comprando aos poucos. Sem isso você pode não conseguir sair do país.
Agora, só arrumar as malas!
Você deve ter percebido que ir morar em outro país não é a coisa mais fácil do mundo. Mas também não é um bicho de sete cabeças. O que faz toda a diferença é o planejamento antecipado. Não importa se você pretende viajar em seis meses ou um ano, comece a planejar assim que a ideia rondar sua cabeça. E você pode fazer isso com atitudes que irão ajudar principalmente nos fatores que, geralmente, significam maiores desafios.
Custa tempo, esforço e dinheiro, por exemplo, iniciar um curso de idiomas. Mas esse já é um grande passo, tendo em vista as necessidades que você terá mais na frente. E hoje não faltam aplicativos ou outros elementos que ajudam todo aventureiro a se organizar para sua empreitada. Todos os dias vá colocando um item na mala, a começar pela compreensão do que é necessário ter e fazer, enfim, realizar o sonho de morar fora. Tenha em vista que os resultados virão equiparados aos esforços que, já hoje, você faz.
Boa sorte em todas essas etapas e boa viagem!